Pergunta da revisão
Foi analisado se as vacinas podem ajudar a prevenir as constipações.
Contexto
A constipação é causada por uma infecção viral do trato respiratório superior, e as pessoas geralmente ficam melhores quando o vírus morre. Pessoas constipadas não se sentem bem, o nariz tende a pingar, há congestão nasal, espirros e tosse com ou sem dor de garganta e temperaturas ligeiramente elevadas. Os tratamentos visam aliviar os sintomas.
Globalmente, a constipação causa doença generalizada. Tem sido difícil produzir vacinas para prevenir a constipação devido aos muitos vírus envolvidos. O efeito das vacinas sobre a prevenção da constipação em pessoas saudáveis é ainda desconhecido.
Data da pesquisa
Para esta atualização, pesquisamos a literatura até 2 de setembro de 2016.
Características do estudo
Não encontramos novos ensaio nesta atualização. Esta revisão inclui um estudo aleatorizado previamente identificado e realizado em 1965. Este estudo envolveu 2307 pessoas saudáveis numa instalação de treino para a Marinha dos Estados Unidos e avaliou o efeito de uma vacina viva enfraquecida (atenuada) de adenovírus em comparação com uma vacina falsa (placebo).
Fontes de financiamento
Este estudo foi financiado por uma instituição governamental.
Principais resultados
Não houve diferenças na frequência de constipações entre aqueles que receberam a vacina em comparação com aqueles que receberam uma vacina falsa. Não houve eventos adversos relacionados com a vacina. No entanto, devido ao baixo número de pessoas incluídas no estudo e número de constipações, bem como falhas no desenho do estudo, a nossa confiança nos resultados é baixa. Investigação futura poderá esclarecer se as vacinas podem prevenir constipações, uma vez que a evidência atual não apoia o uso da vacina de adenovírus para prevenir constipações em pessoas saudáveis.
Qualidade da evidência
Nós avaliamos a qualidade da evidência como baixa devido ao alto risco de viés e baixo número de participantes no estudo e número de constipações, o que resultou em imprecisão.
Tradução: Gonçalo S Duarte, Laboratório de Farmacologia Clínica e Terapêutica, Faculdade de Medicina de Lisboa, com o apoio de Cochrane Portugal