Os pacientes com DCL devem ser avaliados e monitorizados devido ao seu risco acrescido de progressão para demência. Atualmente não existe consenso sobre qual é a melhor abordagem para registar a progressão para demência. Vários testes de função cognitiva têm sido propostos para esta tarefa porque a maioria deles são fáceis de aplicar, demoram não mais de 10 minutos a completar, envolvem funções executivas major, e resultam numa pontuação objetiva. A nossa revisão avaliou a evidência atual relacionada com um desses testes breves, o Mini-Mental State Examination (MMSE), na previsão do declínio para demência em pessoas com declínio cognitivo. Depois de uma pesquisa extensa e análise da informação disponível, não encontrámos evidência a suportar um papel substancial do MMSE como um teste isolado de aplicação única na identificação de pacientes que vão converter para demência no futuro.
Traduzido por: Pedro Lopes das Neves, Serviço de Neurologia, Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, e por Ricardo Manuel Delgado, Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental da Infância e da Adolescência, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, com o apoio da Cochrane Portugal.