Qual é o objetivo desta revisão?
O objetivo desta revisão é avaliar os efeitos de prestar serviços de reabilitação de visão por via remota (tele-reabilitação) a pessoas com baixa visão. A tele-reabilitação utiliza uma abordagem através da internet, ao contrário de consultas presenciais convencionais. O principal objetivo foi avaliar a qualidade de vida relacionada com a visão, mas também foram avaliadas medidas de função visual, tais como: a velocidade a que as pessoas conseguiam ler, a adesão a sessões e a satisfação dos doentes.
Mensagens-chave
Devido ao aumento da prevalência desta doença e crescente interesse em tele-medicina, estes dois estudos, quando completado, podem fornecer evidência sobre o potencial da tele-reabilitação como uma plataforma para fornecer serviços a pessoas com baixa visão.
O que foi estudado nesta revisão?
A baixa visão é uma redução na função visual que não pode ser corrigida com óculos, lentes de contacto ou outros tratamentos médicos e cirúrgicos. Pessoa com baixa visão pode ter dificuldades em tarefas quotidianas, tais como ler ou conduzir. Existem cerca de 300 milhões de pessoas com baixa visão em todo o mundo. A reabilitação constitui uma forma de ajudar pessoas com baixa visão, o que compreende o ensino da utilização de instrumentos de magnificação e de técnicas para maximização da visão restante; são também avaliados periodicamente para melhorar as capacidades adquiridas. Foi demonstrada a eficácia da reabilitação em ambiente de consulta convencional. No entanto, a deslocação para o consultório/instituição de saúde pode ser uma barreira para alguns doentes. A eficácia dos instrumentos de magnificação e das técnicas é comprometida se não é fornecido treino adequado para as mesmas. A tecnologia tornou possível serviços de reabilitação para baixa visão através da internet (isto, é a tele-reabilitação) A tele-reabilitação reduz os desafios relacionados com a deslocação para as consultas e também oferece a conveniência de poder usufruir de sessões de reabilitação em casa.
Quais são os principais resultados desta revisão?
Encontrámos dois estudos em curso mas nenhum estudo concluído que respondesse diretamente à questão.
Quão atualizada é esta revisão?
A pesquisa foi realizada pela última vez em 24 de junho de 2019.
Tradução por: Inês Leal, Médica Oftalmologista, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), com o apoio da Cochrane Portugal.