A incontinência urinária é definida como a perda involuntária de urina e a incapacidade de reter a urina na bexiga entre os atos voluntários de micção. Tem várias causas possíveis. Os estudos urodinâmicos são utilizados para medir a função nervosa e muscular, a pressão à volta e dentro da bexiga, os fluxos e outros fatores que podem ajudar a explicar porque é que alguém tem perdas de urina ou que tipo de perdas tem. Algumas pessoas consideram estes testes embaraçosos e desconfortáveis. No entanto, podem mostrar qual é a causa da incontinência, ou que tipo de incontinência a pessoa tem, para que se possa escolher o tratamento correto. Isto pode melhorar o sucesso do tratamento.
Foram encontrados oito ensaios clínicos, que incluíram cerca de 1100 pessoas, embora só houvesse informação disponível sobre 1036 mulheres. Não houve evidência suficiente para determinar se os estudos urodinâmicos levaram a melhores resultados. Existe alguma evidência de que os estudos urodinâmicos aumentaram o número de pessoas que receberam medicamentos, mas não o número de pessoas submetidas a cirurgia. Isto não teve impacto no número de pessoas com perdas de urina, e não se sabe se os doentes notaram melhorias da qualidade de vida.
É necessária mais investigação em que as pessoas sejam aleatoriamente selecionadas para decidirem tratamento com base nos sintomas e exame físico isoladamente ou tendo em consideração a informação adicional fornecida pelos estudos urodinâmicos.
Traduzido por: Mariana Antunes Morgado, Paediatric Surgery Fellow, The Children's Hospital at Westmead - Sydney. Revisão final: Ricardo Manuel Delgado, Cochrane Portugal.