Há falta de evidências de ensaios clínicos randomizados para apoiar ou refutar o uso rotineiro de infusão de albumina para bebês prematuros com um nível de albumina baixa. Albumina é uma proteína que está normalmente presente no sangue. Em recém-nascidos prematuros, o nível de albumina no sangue pode ser baixa. Albumina é muitas vezes dada a bebês prematuros com um nível de albumina baixa. Apenas dois pequenos ensaios clínicos controlados randomizados estudaram o uso de albumina em bebês prematuros doentes, e os ensaios clínicos não são grandes ou bons o suficiente para decidir se dando albumina ajuda os bebês a curto ou a longo prazo. Portanto, a questão se dando albumina faz bem e é seguro não pode ser respondida.
Há falta de evidências de ensaios clínicos randomizados para determinar se o uso rotineiro de infusão de albumina em neonatos pré-termo com albumina sérica baixa reduz a mortalidade ou morbidade e nenhuma evidência para avaliar se a infusão de albumina está associada a efeitos colaterais significativos. Há uma necessidade por boa qualidade, ensaios clínicos controlados randomizados duplo-cego para avaliar a segurança e eficácia da infusão de albumina em neonatos pré-termo com albumina sérica baixa.
Infusão intravenosa de albumina é utilizada para tratar hipoalbuminemia em crianças criticamente doentes. Hipoalbuminemia ocorre num certo número de situações clínicas, incluindo a prematuridade, síndrome de dificuldade respiratória (SDR), doença pulmonar crónica (DPC), enterocolite necrotizante (NEC), hemorragia intracraniana, hidropisia fetal e edema. Sobrecarga de líquidos é um efeito secundário potencial da administração de albumina. A albumina é um produto derivado do sangue e, portanto, implica um risco potencial de infecção e reações adversas. Albumina também é um recurso escasso e caro.
Avaliar os efeitos de infusões de albumina sobre a morbidade, mortalidade e outros efeitos colaterais significativos em recém-nascidos prematuros com albumina sérica baixa.
Buscas foram feitas no MEDLINE de 1966 a Julho de 2009, CINAHL de 1982 a Julho de 2009 e na atual Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL, The Cochrane Library, Edição 2, 2009). Publicações anteriores (incluindo referências cruzadas) e resumos também foram pesquisados.
Todos ensaios clínicos controlados randomizados e quasi-randomizados nos quais os pacientes foram alocados para infusão de albumina versus grupo controle foram incluídos. Foram excluídos os estudos cross-over. Os participantes eram crianças prematuras que tiveram hipoalbuminemia. Tipos de intervenções incluiram infusão de albumina versus placebo (por exemplo, cristalóide) ou nenhum tratamento.
Os revisores trabalharam de forma independente na pesquisa para ensaios clínicos para inclusão e para avaliar a qualidade metodológica. Os estudos foram avaliados utilizando os seguintes critérios chaves: cegamento da randomização, cegamento da intervenção, integralidade de seguimento e cegamento da medição de desfechos.
Apenas dois pequenos estudos foram encontrados para inclusão nesta revisão e apenas um relatou resultados clinicamente relevantes. Este estudo não encontrou diferença significante para o desfecho primário de morte (risco relativo 1,5, 95% de intervalo de confiança 0,3 - 7,43) ou desfechos secundários de hemorragia intraventricular, persistência do canal arterial, enterocolite necrosante, displasia broncopulmonar, duração da ventilação mecânica e duração de oxigenoterapia.
Tradução CD004208. Traduzido por: Joyce Mendes Soares, Unidade de Medicina Baseada em Evidências da Unesp, Brazil. Contato: portuguese.ebm.unit@gmail.com