Pergunta de investigação: Os testes moleculares serão melhores do que os métodos culturais tradicionais para detetar infeção em recém-nascidos?
Contexto:
O método actual de detecção de infecção (doença causada por germes) em recém-nascidos é obter sangue ou outros fluídos corporais (ou ambos) e cultivá-los em laboratório para detectar se ocorre crescimento de bactérias (germes). No entanto, os métodos de cultura podem não detectar algumas infecções e demoram tempo até se obterem resultados (48 a 72 horas). Os métodos mais recentes de deteção de infeção baseiam-se na deteção de DNA (uma molécula que contém as instruções genéticas utilizadas no crescimento, desenvolvimento, funcionamento e reprodução) de bactérias e outros organismos que causam infeções. Os avanços na microbiologia introduziram novos testes moleculares para a deteção de infeções. Os testes moleculares são rápidos e podem detetar mais infeções em comparação com os métodos culturais tradicionais.
Características dos estudos:
Procurámos estudos que avaliaram a utilização dos métodos moleculares para detetar infeção em recém-nascidos. Encontrámos 35 estudos que compararam os novos métodos moleculares aos métodos de cultura do sangue e do líquido céfalo-raquidiano para diagnosticar a infeção.
Fontes de financiamento do estudo:
Nenhuma.
Resultados principais:
Os métodos moleculares podem ser muito úteis como testes adicionais porque fornecem resultados rápidos.
Qualidade da evidência:
Apesar de alguns problemas relacionados com a seleção de recém-nascidos para esta revisão, em geral, os métodos utilizados pelos estudos eram adequados. Avaliámos a qualidade da evidência como moderada a baixa.
Tradução por: Rute Baeta Baptista. Área de Pediatria Médica do Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central. Departamento de Fisiopatologia, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, com o apoio da Cochrane Portugal